sobre as paisagens

 

na pousada Alto Caparaó

Vamos registrar nossa estada em Alto Caparaó, quando chegamos nessa importante região produtora de café de Minas Gerais.
Maria já conhecia a cidade, mas na primeira visita chovia muito e ficou a vontade de visitar alguns sítios de café especial e de voltar ao Pico da Bandeira.
Quem nos recebeu foi a Aurora, amiga dessa primeira estada. Voluntariamos na sua graça de pousada (@pousadaaltocaparao) e com ela visitamos outros pontos da região, de paisagens muito lindas. Sentimos que o Parque Nacional do Caparaó estava fechado, pois tínhamos planos de subir o Pico da Bandeira de quase 2.900m. Mesmo assim não faltaram lugares com paisagens belíssimas.

com a amiga Aurora

paisagens da região

A verdade sem o romantismo é que ao olhar a paisagem do sul de Minas, com as montanhas cobertas por pastagens, e para tantas outras montanhas cobertas apenas por café, foi um pouco desanimador. Além disso vimos muitos desmoronamentos, sinais claros da fragilidade da terra.

Isso fortalece a necessidade de cuidar da terra, de querer alimentos mais saudáveis, orgânicos e provenientes de pequenos agricultores e de agroflorestas.

produção de café e a degradação das montanhas

Criamos o blog É Sempre Tempo com intuito de viver e incentivar o dia a dia com mais leveza, porém sentimos que em diversas situações a vida atribulada é semelhante tanto na cidade como no campo.
Viver como arte é algo ainda distante da realidade no mundo capitalista. Intuído na mente coletiva que  “o tempo é dinheiro” a grande maioria corre para alcançar a sorte e a vida mais confortável, sem perceber que o estresse, medo e a ansiedade são componentes constantes. Além disso, não percebe que o 'querer' está longe do 'ser' e por isso corre atrás de algo maior, sem na verdade saber o que vão alcançar, e a vida se torna estafante e triste.

Em alguns encontros durante nossa viagem sentimos que muitos aceitam a opção de viver com mais conhecimento do seu Ser e isso resulta em ações voltadas pra preservação do meio ambiente (tratamento e reuso das águas, cuidados com a preservação do solo e da vegetação nativa, etc), melhor alimentação e autoconhecimento. Já outros seguem inconscientemente o antigo padrão e acabam por seguir com os desmatamentos, monoculturas envenenadas, abuso no uso das águas e descaso com as reservas florestais.

Esta passagem foi também muito enriquecedora e nos divertida. Estivemos com alguns produtores de café e assim fechamos as experiências previstas como voluntárias, seguindo para a Bahia para enfim aplicar todos os aprendizados. Existe muito a explorar aqui pela Chapada Diamantina e seguir com estas trocas  segue nos planos. 

vista do Sítio do Café Recanto dos Tucanos

na Fazenda Café Ninho da Águia


                   

                 Até mais ;)


com leveza nos caminhos!


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