seção solos - publicação nº 2

natureza de Baependi MG

 

    Recheando a nova seção sobre solos!

Mais uma vez atenção especialmente àqueles que estão em uma jornada parecida com a nossa, aprendendo e lidando com a terra, seja plantando ou construindo e tantas outras trocas. Segue mais observações sobre aspectos aparentemente tão simples, mas que fazem toda a diferença no trabalho com a terra.

Mesmo aqueles que se sentem distante do assunto, lembrar que fazemos parte e dependemos desse sistema vivo e precisamos conhecer para poder defendê-lo e colaborar sempre.

Obrigada! 


 A textura do solo e noções da sua importância

  Quando falamos em textura do solo estamos nos referindo ao tamanho das partículas que compõem o solo, principalmente o conteúdo mineralógico, conforme figura da abordagem anterior.

Dentro desse contexto, divide-se, grosso modo, as partículas em três classes: areia, silte e argila.

Na fração areia encontram-se as partículas mais grosseiras, de maior tamanho; na fração argila, aquelas de menor tamanho, as mais fininhas ao tato; na fração silte encontram-se aquelas de tamanho intermediário.

A primeira observação importante é fixar que o conceito é fundamentado em tamanho da partícula, nada mais que isso. Percebam que ligado a isso já podem-se fazer algumas conexões: chama-se solo arenoso aquele em que predominam as partículas maiores, areia; argiloso aquele em que predominam as partículas mais finas, a argila, e assim por diante. Nesse raciocínio podem, portanto, aparecer caracterizações mistas, como por exemplo: solo de textura média, areno-argiloso, silte-arenoso, etc...

Mas qual a importância disso para o uso do solo? Toda.

A mistura dessas partículas, que é o que normalmente acontece, condiciona coisas importantes no solo, sobretudo, a presença de água e de ar. Numa primeira análise, a ausência desses dois entes físicos no solo limita substancialmente a vida nesse solo. Numa segunda instância, é preciso atentar também para o fato de que as quantidades relativas desses dois entes é, realmente, o que importa, ou seja, não interessa aos seres vivos nem solos secos nem solos alagados. Nesse contexto a textura do solo é fundamental. Solos argilosos retém mais água; solos arenosos são, excessivamente, drenados (não retém água); solos médios retém um pouco e drenam um pouco e assim por diante. Podemos perceber, portanto, que muitas combinações são possíveis bem como os efeitos dessas combinações.

Amigos! Acredito que a grande maioria dos produtores/agricultores nunca fizeram uma avaliação da textura dos seus solos. Então trabalhamos sem conhecer o mínimo da nossa base de produção, que é o solo. Esse é um excelente investimento que se tem que fazer, até porque uma vez na vida que se faça é o suficiente, pois, diferentemente, de outros indicadores do solo, a textura não muda.

Percebam que, nessa ocasião, abordamos muito superficialmente e de forma introdutória a textura do solo e sua importância, contudo, já pode-se projetar a infinidade de efeitos, positivos ou negativos, que a textura pode condicionar.

Voltaremos ao assunto. 

 

 José Alfredo da Fonseca, junho 2021

Comentários

  1. Legal essa abordagem!!! Percebe-se que é preciso conhecer minimamente o solo,pois é a base de toda produtividade"¨.Assim, teremos uma conexãõ amorosa com a mãe terra.

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